Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 07/03/2016, Gaudium Press) – Há “Setenta anos atrás, -disse o Papa Francisco na sua mensagem aos ucranianos greco-católicos- os contextos ideológico e político, bem como as ideias contrárias à própria existência da sua Igreja, levaram à organização de um pseudo-Sínodo em Lviv, provocando nos Pastores e nos fiéis décadas de sofrimento”.
Na triste “recordação desses eventos”, continua o Papa, “inclinamos nossas cabeças com profunda gratidão àqueles que, também à custa de tribulações e até mesmo do martírio, no decorrer do tempo testemunharam a fé, vivida com dedicação na sua igreja e em união indefectível com o Sucessor de Pedro”.
Foi o que escreveu o Papa Francisco em mensagem enviada a Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, que é o Arcebispo-Mor de Kiev-Haly?, na ocasião em que se relembra e comemora com tristeza os 70 anos do pseudo-sínodo de Lviv.
Em 1946, este pseudo-sínodo colocou na ilegalidade a Igreja greco-católica ucraniana, fiel a Roma e a o Santo Padre.
Por isso o Pontífice quis manifestar sua gratidão e reconhecimento para com a Igreja greco-católica ucraniana que, nas tribulações, manteve-se sempre fiel à Santa Sé e ao Sucessor de Pedro nestes setenta anos.
A mensagem Papal foi enviada através do Arcebispo Shevchuk que foi recebido por Francisco no último sábado, 05/03, no Vaticano.
O Arcebispo estava acompanhado de membros do Sínodo Permanente da Igreja greco-católica ucraniana.
Fidelidade dos católicos ucranianos
O Papa escreveu também: “com os olhos iluminados pela mesma fé, olhamos para o Senhor Jesus Cristo, colocando n’Ele, e não na justiça humana, toda a nossa esperança. Ele é a verdadeira fonte de nossa confiança para o presente e para o futuro, pois temos certeza de que somos chamados a anunciar o Evangelho também em meio a quaisquer sofrimentos ou dificuldades”.
O Santo Padre quis expressar ainda sua “profunda gratidão” pela fidelidade dos ucranianos greco-católicos para também, ao mesmo tempo, encorajá-los a serem “testemunhas incansáveis daquela esperança que faz com que torne mais luminosa a nossa existência e de todos os irmãos e irmãs em torno a nós”.
Solidariedade nas tribulações e na fidelidade
O Papa também renovou sua “solidariedade para com os Pastores e fiéis por aquilo que eles estão fazendo neste momento difícil, marcado pelas dificuldades da guerra, para aliviar os sofrimentos da população e buscar os caminhos da paz para a querida terra ucraniana”.
“No Senhor – conclui Francisco – estão a nossa coragem e a nossa alegria.
É a ele a quem me dirijo, por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria e dos mártires da sua Igreja, para que a consolação divina ilumine os rostos de suas comunidades na Ucrânia e em outras partes do mundo”. (JSG)