Aproxima-se o Natal!

Em dez dias, veremos Cristo chegar em nossos lares e corações, pequenino, frágil, mas tão amoroso, tão compadecido de nós, que vem sorrindo e com seus bracinhos abertos em nossa direção.

Para saudá-Lo com maior fervor, os Arautos do Evangelho começarão uma novena natalina em suas redes sociais, contando cada dia uma meditação diferente, para que a preparação seja completa.

Antes de iniciarmos, porém, vale a pena nos perguntarmos: de onde vem o costume da Igreja de fazer novenas?

E qual o significado da novena de Natal, já que não temos novena de Páscoa, ou novena de Pentecostes, por exemplo?

Novena: nove dias de espera

O termo novena vem de nove, pois são nove os dias em que rezamos e festejamos a data celebrada.

É certo que tal costume já acompanha os fiéis há muito tempo, pois se faziam vigílias e celebrações antecedentes às datas comemorativas hebraicas.

Na Bíblia, vemos os judeus se prepararem para as festividades do Tabernáculo, ou das tendas.

Era um pedido do próprio Senhor, que prescrevia purificações e abluções para a festa em questão.

Mas a novena mais ilustre da História é esta: a espera que os Discípulos fizeram ao lado de Nossa Senhora no Cenáculo.

Antes de ascender aos Céus, Nosso Senhor pediu que os Apóstolos esperassem, reunidos em oração, por dez dias, pois o Espírito do Pai viria e desceria sobre eles.

Em torno de Maria Santíssima, eles esperaram.

Fizeram nove dias de preparação, ainda um tanto assustados pelos recentes acontecimentos, quem sabe um pouco relutantes, até. Afinal, sua fé ainda não estava completa.

Mas, com os olhos postos na Mãe de Jesus, eles perseveraram.

Ela era o exemplo máximo, agora que Jesus já não estava mais com eles.

Que histórias da infância do Divino Mestre não terão eles escutado de seus lábios virginais!

Pois não só com orações eles preencheram estes dias: foram conversas, refeições, atividades e meditações.

Ali, os Apóstolos estavam vivendo no Céu antes do Céu, pois Nossa Senhora estava com eles, e Ela só sabia falar de Jesus.

E depois dos nove dias, ao raiar do décimo, o Espírito Santo rasgou as nuvens e, descendo primeiro em Maria Santíssima, transformou a todos ali.

A partir daquele momento, eram novos homens.

E esta novena especial, que determinou o início da expansão apostólica, foi a maior e mais frutuosa dentre todas as novenas da História.

Por que celebramos esta devoção no Natal?

Visto o costume piedoso cristão que é celebrar uma novena, por que a Santa Igreja estimula tanto a novena natalina?

É porque, nas outras festividades da Igreja, temos preparações próprias já contempladas pela Liturgia.

Por exemplo, o tríduo pascal, a Morte, Paixão e Ressurreição de Cristo, é precedido pela Semana Santa, que começa no Domingo de Ramos e vai até quinta à tarde. É uma preparação que serve como novena.

Já o Pentecostes, por outro lado, tem uma preparação ainda mais longa, isto é, o tempo pascal inteiro é sua “novena”.

São sete semanas de sete dias, o que resulta em 49 dias de festividades.

Assim, o quinquagésimo dia é Pentecostes, a descida do Espírito Santo, auge do tempo pascal.

O tempo do Natal é precedido pelo tempo do advento, que tem a função de purificar e ajustar nossa devoção.

Assim, a devoção dos fiéis estabeleceu nove dias de oração, chamados também de dias do "ó", pois a Liturgia de cada um destes dias é dedicada a uma invocação ao Menino Jesus: “ó Guia da casa de Israel”, “ó Chave de Davi”, “ó Sabedoria Encarnada”, entre outros.

É por isso que fazemos a novena de Natal, acompanhando estas saudações nos nove dias anteriores ao nascimento de Jesus.

Como participar da novena de Natal dos Arautos do Evangelho?

As meditações serão postadas a cada manhã, a partir do dia 16 de dezembro, em nossas redes sociais e em nosso canal do You Tube.

Aproveite para se inscrever ainda hoje e ativar as notificações, a fim de não perder nenhum dia e não ficar sem orações.

Nestas meditações e pensamentos, vamos relembrar alguns aspectos do Natal, bem como a posição dos personagens que passaram por este divino acontecimento.

Também vamos refletir sobre as práticas atuais no nascimento de Jesus, o que cabe aos católicos ou não.

Por fim, sempre acompanhado de muita alegria, vamos manifestar com ardor a nossa devoção ao Menino Deus.

E não podemos esquecer das orações: um tempo de preparação não é fecundo se não nos comunicamos com Deus.

Devemos pedir a Ele que, para honrar o seu Divino Filho, sejamos melhores, tanto em nossa relação com Ele quanto com os que nos cercam.

E também devemos pedir a Nossa Senhora, Rainha da Alegria, que dê muita paz e felicidade a nossos corações muitas vezes atribulados.

Afinal, Natal é tempo de nos felicitarmos pela dádiva de um Deus que Se fez nosso irmão.