Revista Arautos do Evangelho, Ano XXIII, nº 276, Dezembro 2024
Revista Arautos do Evangelho, Ano XXIII, nº 275, Novembro 2024
Revista Arautos do Evangelho, Ano XXIII, Edição Especial
Para os Arautos do Evangelho, o dia 13 de dezembro se constituiu um marco especial: é a data de aniversário natalício de Plinio Corrêa de Oliveira, Varão Católico, professor e guia espiritual do fundador desta obra, Mons. João S. Clá Dias.
A vida de Dr. Plinio: uma obra do Espírito Santo
Com descrever Dr. Plinio? As poucas linhas neste espaço não bastariam nem para citar suas obras escritas e seus motivos, sempre em denúncia aos ataques que a Santa Igreja sofria no século XX.
Portanto, resolvi reservar aqui estas linhas para a abertura da tese de doutorado de Teologia de Mons. João Clá, que, tendo convivido quarenta anos com Dr. Plinio, tem autoridade mais que legítima para dar um testemunho autêntico.
“Santo Antão — afirmou Monsenhor João, na apresentação da tese — tinha visto misticamente a divindade de Nosso Senhor. Era ele um testemunho vivo dessa verdade de Fé”.
“Santo Atanásio então mandou buscar Santo Antão e, na mesma noite em que este chegou à cidade de Alexandria, incontáveis cristãos e hereges reuniram-se na basílica para vê-lo. O nonagenário eremita, que pela mera presença impunha respeito, sentou-se perto do altar. Em seguida, o Bispo subiu ao púlpito e proclamou a divindade de Nosso Senhor”.
“Subitamente, uma voz saída do meio da multidão protestou. Santo Antão ficou espantado com aquela indecorosa interrupção e pediu a tradução das palavras que ouvira, pois não compreendia o grego”.
“‘O Senhor’ — traduziram-lhe — ‘era apenas um homem, criado por Deus e sujeito à morte e à transição’. Santo Antão ergueu-se e exclamou: ‘Eu O vi!’”.
“Um frêmito percorreu as naves da igreja: ‘Ele O viu! Ele viu a divindade do Senhor!’, diziam os fiéis de joelhos”.
“A imponente voz desse homem, para quem a verdade sobrenatural da natureza divina de Cristo se tornara quase uma evidência em virtude de uma visão sobrenatural, mais que toda a bela e lógica doutrina exposta no Concílio, foi o maior golpe que recebeu a heresia. Eis um exemplo do valor e da contribuição de um testemunho vivo”.
Varão Católico, Todo Apostólico, Plenamente Romano
“Ora, mutatis mutandis, deve-se dizer que esta tese nasceu também de um testemunho do Autor. Se algum exagero houver em minhas apreciações sobre ele, será por estar aquém de seus devidos limites”.
“Havendo convivido ao longo de quarenta anos e muito de perto, com Plinio Corrêa de Oliveira, foi possível comprovar com riqueza, esplendor e grandeza, as doutrinas de forma viva, ou seja, produzindo seus efeitos na alma de um varão”.
Desse modo se iniciam as linhas da Tese, procurando abordar a vida inteira de Dr. Plinio como um homem tocado e moldado pelo Espírito Santo, em um dos seus dons mais elevados: a sabedoria.
Monsenhor João conseguiu, assim, colocar toda a perspectiva social e política da ação deste Varão Católico dentro das suas motivações religiosas, que o regeram e o formaram. Antes de tudo, foi seu mestre um filho exemplar da Santa Igreja, é o que quer afirmar o autor da obra.
Não é à toa que, em seu epitáfio, Dr. Plinio quis apenas que estas sacrossantas palavras fossem gravadas: Varão Católico, Todo Apostólico, Plenamente Romano. Aliás, na situação em que esta fórmula foi proferida, diante de um auditório cheio, foi uma das poucas vezes onde Dr. Plinio se emocionou, perdendo por pouco tempo o controle notório de seus sentimentos, por entender bem a sublimidade de ser considerado um outro Cristo, um Cristão.
Diante da sociedade vil e insegura que vivemos, o exemplo de Dr. Plinio é um dos que mais nos tocam. Tendo sofrido os estigmas próprios deste tempo, sua fé e perseverança mostram que, não importa a época, a Santa Igreja sempre triunfa, e as portas do inferno nunca a derrubarão.
