É preciso respeitar a celebração de domingo
Tendo visto que o pecado mortal é uma ofensa direta aos 10 mandamentos concedidos por Deus, é preciso que revisitemos o catecismo que aprendemos quando mais novos. No artigo de hoje serão tratadas as prescrições e as proibições do segundo preceito e do terceiro mandamento da Lei do Senhor: “Não tomarás seu santo nome em vão” e “Guardarás domingo e festas”.
Segundo mandamento: o que fazer e o que não?
O segundo mandamento da Lei de Deus pede de nós responsabilidade em nossas ações. Sabemos que o decálogo é nos concedido para o progresso individual e social em todas as dimensões humanas. Assim, tomar a sério uma promessa feita é o que nos preceitua o segundo mandamento.
Em que momentos podemos fazer esta promessa no nome de Deus? Em primeiro lugar, ao mudarmos o nosso estado de vida. Estar solteiro é o normal da condição humana. Escolher um estado diferente, além do comum, é uma vocação, um chamado que Deus faz a nós, e por isso ele abençoou nossas escolhas com dois sacramentos: o matrimônio e a ordem.
O matrimônio muda nosso estado de vida para casados, enquanto a ordem muda o estado de vida para o eclesiástico. Ambos têm responsabilidades, benefícios e cruzes, e por isso precisamos fazer esta escolha com calma e reflexão. Porém, uma vez feito, é uma promessa a Deus: romper qualquer um dos dois é um pecado contra o segundo mandamento.
Há também a proibição de não tomar a Deus como testemunha de suas promessas em coisas vãs: em um tribunal, onde será decidido a consequência de um crime, o tomar a Deus como testemunha é recomendado; por isso o juramento sobre a Bíblia. Já em coisas menores, como um acordo comercial, é obrigação do cristão não envolver o nome do Senhor.
Mesmo sem um juramento, o católico deve honrar sua palavra. Ao não envolver o nome de Deus, ele apenas dá o devido valor à questão, impedindo, inclusive, de apegos desordenados e expectativas que só frustram o ser humano no âmbito político-econômico.
E o terceiro mandamento: guardarás domingos e festas?
Para o terceiro mandamento, há um preceito claro: ir às Missas dos domingos, ou dia de solenidades. A razão de tal mandamento é que Deus sabe o quanto somos evasivos. Ao nos conclamar a uma celebração obrigatória pelo menos uma vez por semana, nos chama a atenção. Se já damos tantas desculpas por uma hora de Missa no Domingo, o quão não esqueceríamos d’Ele se não houvesse o terceiro mandamento?
Porém, diferente do que geralmente achamos, o terceiro mandamento também tem outra prescrição: guardar a tranquilidade que o domingo traz consigo. Lemos na Bíblia, no começo do Gênesis, que Deus fez sua obra em 6 dias, e depois descansou. Assim, o descanso se reveste de um aspecto teológico: o Senhor quer que respeitemos o trabalho, mas que não nos afundemos nele.
Por isso, como preceito do terceiro mandamento, está também a folga dos trabalhos não essenciais e que não comprometem a renda familiar no domingo, dia do Senhor.
