Embora o essencial da Consagração a Nossa Senhora consista no interior, ela conta também práticas exteriores que é preciso não negligenciar.
As práticas exteriores bem feitas auxiliam as interiores, porque relembram ao homem, que se conduz sempre pelos sentidos, o que fez ou deve fazer e também porque são próprias para edificar o próximo que as vê, o que já não acontece com as práticas puramente interiores.
Neste breve artigo trataremos sobre os exercícios preparatórios para a Consagração à Santíssima Virgem.
Aqueles que quiserem seguir esta devoção, primeiramente deverão dedicar no mínimo doze dias de orações e meditações com a intenção de esvaziar-se do espírito do mundo, contrário ao de Jesus Cristo. Depois, dedicarão três semanas em encher-se de Jesus Cristo, por meio da Santíssima Virgem. Eis a ordem que se pode observar:
Durante a primeira semana, oferecerão todas as orações e atos de piedade para pedir o conhecimento de si mesmos e a contrição por seus pecados. Tudo farão em espírito de humildade. Pedirão a Nosso Senhor e ao Divino Espírito Santo que os esclareça, repetindo as palavras: “Que eu me conheça!” ou “Vinde Espírito Santo”. Rezarão todos os dias a ladainha do Espírito Santo. Recorrerão à Santíssima Virgem e Lhe pedirão esta grande graça que deve ser o fundamento das outras e, para isso, recitarão todos os dias o “Ave, Maris Stella” e a ladainha de Nossa Senhora.
Durante a segunda semana, se dedicarão a conhecer a Santíssima Virgem. Pedirão este conhecimento ao Espírito Santo, podendo ler e meditar o que já dissemos a respeito. Rezarão, como na primeira semana, a ladainha do Espírito Santo, o “Ave, Maris Stella”, e mais um Rosário, ou pelo menos o Terço, todos os dias, nesta intenção.
Dedicarão a terceira semana em conhecer Jesus Cristo. Poderão dizer e repetir mil vezes por dia: “Senhor, que eu Vos conheça!”, ou então: “Senhor, fazei que eu veja quem sois Vós!”. Rezarão, como nas semanas precedentes, a ladainha do Espírito Santo e o “Ave, Maris Stella”, acrescentando, todos os dias, a ladainha do Santíssimo Nome de Jesus.
Ao fim dessas três semanas, se confessarão e comungarão na intenção de se darem a Jesus Cristo na qualidade de escravos de amor, pelas mãos de Maria. E, depois da comunhão, dirão a fórmula de Consagração, que se encontra no Tratado. O texto será enviado, digitalmente, a todos os que fizerem o Curso de Preparação à Consagração, presencialmente, nas casas dos Arautos do Evangelho, ou online, na Plataforma Reconquista. Lembrando que este curso, sendo uma ação de apostolado e evangelização, é 100% gratuito.
Caso, por algum motivo, não consigam obter a fórmula impressa, será necessário que a escrevam ou mandem escrever e a assinem no mesmo dia em que fizerem a Consagração.
Nesse dia, será bom renderem algum tributo a Jesus Cristo e à sua Santíssima Mãe, seja em penitência de sua infidelidade passada às promessas do Batismo, seja para atestar a sua dependência a Jesus e a Maria. Esse tributo será conforme a devoção e capacidade de cada um: pode ser um jejum, uma mortificação, uma esmola, uma vela, contanto que o façam de bom coração. Jesus olha somente para a boa intenção.
Pelo menos uma vez por ano, deverão renovar a Consagração, no mesmo dia em que a fizeram, observando as mesmas práticas durante três semanas. Desejando ser mais firmes em seus propósitos, poderão fazer isso todos os meses, ou até mesmo todos os dias, de forma sintetizada, com as seguintes palavras: “Sou todo(a) vosso(a) e tudo o que tenho Vos pertence, ó meu amável Jesus, por Maria, vossa Mãe Santíssima.”
As outras práticas exteriores recomendadas por São Luís Maria Grignion no Tratado da Verdadeira Devoção são:
– A Coroinha da Santíssima Virgem,
– O uso de uma pequena corrente de ferro,
– Uma devoção especial ao mistério da Encarnação,
– Uma especial devoção pela Ave-Maria e pelo Rosário,
– O Magnificat,
– O desprezo do mundo.
Clique aqui para ler sobre estas outras práticas.
SAIBA MAIS
O que é a Consagração a Nossa Senhora?
Como é feita a Consagração a Nossa Senhora?