No dia 27 de novembro se celebra também a memória de Santa Catarina Labouré, e não só o dia da Medalha Milagrosa. Catarina Labouré recebeu fielmente a mensagem de Nossa Senhora, pedindo que se cunhasse a Sagrada Medalha.
No artigo anterior, contou-se um pouco da Medalha Milagrosa e do pedido da Santa Virgem, dos milagres que esta realizou durante a peste na França, curando aqueles que portavam a Medalha, e quais os elementos que estão cunhados sob instrução de Maria Santíssima.Para ler o artigo completo, acesse aqui.
Hoje, para honrar ainda mais a memória da Santa e das visões que transformaram sua vida, vamos trazer os trechos que ela própria, Catarina Labouré, narra quando recebeu a visita da Mãe Santíssima.
“Veio depois a festa de São Vicente. Na véspera, nossa boa madre Marta nos fez uma instrução sobre a devoção à Santíssima Virgem, o que me deu desejos de vê-La. Deitei-me, pois, com o pensamento de que naquela noite mesmo eu veria minha boa Mãe. Havia tanto tempo já que eu desejava vê-La”.
“Enfim, às onze e meia da noite, ouvi me chamarem pelo nome: Irmã Labouré! Irmã Labouré! Acordando, olhei do lado de onde vinha a voz, que era do lado da passagem. Corro a cortina e vejo um menino, de quatro ou cinco anos, que me dizia: vinde à capela, a Santíssima Virgem vos espera.”
“Vesti-me depressa e me dirigi para o lado do menino. Este tinha permanecido de pé, sem avançar além da cabeceira de minha cama. Ele me seguiu, ou melhor, eu o segui, sempre à minha esquerda. Por todos os lugares onde passamos as luzes estavam acesas.”
“Porém, muito mais surpresa fiquei quando entrei na capela. A porta se abriu, mal o menino a tocou com a ponta do dedo e minha surpresa foi ainda mais completa, quando vi todas as velas e castiçais acesos”.
“Entretanto, nada vejo da Santíssima Virgem. O menino me conduziu ao presbitério, ao lado da cadeira de braços do senhor vigário. Ali me ajoelhei e o menino permaneceu de pé todo o tempo”.
“Por fim chegou a hora. O menino me preveniu. Ele me disse: Eis a Santíssima Virgem. Ei-La. Ouvi como o roçar de um vestido de seda que vinha do lado da tribuna, perto do quadro de São José, e que passava sobre os degraus do altar, do lado do Evangelho, sobre uma cadeira igual à de Santa Ana.”
“Eu estava em dúvida se seria a Santíssima Virgem. Nesse preciso momento, o menino que estava ali me disse: "Eis a Santíssima Virgem". Ser-me-ia impossível dizer o que senti neste momento, o que se passava dentro de mim”.
“Neste momento, olhando para a Santíssima Virgem, dei um salto para junto a Ela, pondo-me de joelhos sobre os degraus do altar, e com as mãos apoiadas sobre os joelhos da Santíssima Virgem.”
“Ali se passou o momento mais doce de minha vida. Ser-me-ia impossível dizer tudo o que senti. Ela me disse como deveria me conduzir em relação ao meu diretor espiritual, e várias coisas que não devo dizer; a maneira de me conduzir em meus sofrimentos, vir lançar-me aos pés do altar.”
“E me mostrava com a mão esquerda o pé do altar e apontava para o meu coração. Ali eu receberia todas as consolações de que tivesse necessidade.”