As alegrias de Maria e Isabel
(Lucas 1, 41-55)

Hoje continuaremos a olhar com carinho a figura de Maria, transportando-nos de novo com a imaginação para a cena que ontem meditávamos: a da visitação de Maria a Isabel.

É bonito ver que o Evangelho apresenta essa visita como uma explosão de alegria: foi a alegria de Deus, unida à alegria das duas futuras mães e à alegria dos filhos que ambas traziam no seio! Todos exultaram de alegria! Isto é um anúncio das alegrias divinas, profundas, que o Natal vai nos ensinar a encontrar.

“Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. […] “Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E de onde me vem esta honra de vir a mim a Mãe do meu Senhor?” (Lc 1, 41-43)

Isabel ficou cheia do Espírito Santo, diz o Evangelho. E, com isso, mostra que a fonte dessa grande alegria do menino e da mãe foi o Espírito Santo. Movidos pela graça do Espírito Santo, Isabel e o seu filhinho estremeceram de alegria.

Por que houve essa efusão do Espírito Santo? Porque ali estava Maria e Ela trazia consigo Jesus. Foi pela presença de Cristo, trazido por Maria, que o Espírito Santo veio àquelas almas e derramou nelas as alegrias de Deus.

Sempre que ficamos perto de Maria, nossa Mãe, ficamos também perto de Jesus e, então, Nosso Senhor nos dá a sua graça, que é a graça do Espírito Santo. E, com ela, vem a alegria.

Na verdade, as únicas alegrias autênticas são as que vêm de Deus. Só quem está com Deus, como Maria, é capaz de tê-las e de transmiti-las.

Mas a mais bela expressão de alegria, no dia da visitação, foi a da própria Maria. Também Ela Se sentiu inundada pelo gozo do Espírito Santo, e extravasou-o num cântico, o Magnificat, que é uma das orações mais sublimes, um dos poemas mais tocantes que se entoaram em louvor de Deus.

“A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a pequenez da sua serva!” (Lc 1, 46-48a)

Lembremos que Deus exalta os humildes. Esta frase nos leva a um aspecto do olhar de Deus. Maria, no seu cântico, diz: “Deus, meu Salvador, olhou para a pequenez da sua serva; e realizou em Mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo nome é Santo” (Cf. Lc 1, 47-49)

Deus sempre faz coisas grandes com as pessoas que têm o coração humilde.

Realmente, na vida dos homens e mulheres humildes de coração, Deus faz muitas maravilhas, que os orgulhosos, sozinhos (porque se isolam de Deus), não conseguem jamais alcançar.

Além disso, Deus escolhe os que são humildes como instrumentos para realizar coisas grandes em favor do próximo.

Meu Deus!
Ajudai-nos a arrancar da nossa alma o veneno do orgulho
e a ter um coração humilde.

Teremos aproveitado muito bem este quarto dia da novena se compreendermos um pouco melhor a importância de sermos humildes. Porque Deus olha para os humildes, na Terra e no Céu, e hoje recordamos essa verdade.

Será que Deus pode olhar assim para nós? Peçamos a Maria, nossa Mãe, que nos ajude a imitá-La.

Cheguem à vossa presença, ó Deus, as nossas orações suplicantes,
e, pela intercessão da gloriosa sempre Virgem Maria,
possamos preparar-nos com coração humilde e confiante
para celebrar o grande mistério da Encarnação do vosso Filho,
que vive e reina para sempre. Amém.

Oração Final



Junte-se a mais de 150.000 fiéis.
Receba nosso conteúdo!

Subtítulos