A estrela dos Magos
(Mateus 2, 1-10)

Hoje vamos escolher os Magos.

Podemos vê-los no caminho que leva para Belém. São homens sábios, homens de ciência e estudo, conselheiros de reis, que vêm de longe, da banda do Oriente, montados em camelos e com acompanhamento de pajens. Diante deles, marcando o rumo – agora que já estão quase chegando – brilha uma estrela, com fulgores prateados.

“Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo”. (Mt 2, 2)

Percebemos que a primeira coisa que dizem é que aquela longa viagem foi feita porque viram “a sua estrela”, e que ela lhes indicou um rumo e uma meta: ir ao país dos judeus para adorar o Rei de Israel, o Messias Filho de Deus, que é Rei do mundo inteiro.

Será que foi fácil ver a estrela?

Não digo ver com os olhos, pois foi precisamente por perceberem a cintilação de uma estrela nova que ficaram intrigados, pesquisando e perguntando-se o que seria aquilo.

Difícil foi querer ver, mesmo, quando o significado da estrela ia ficando claro. Porque era uma estrela que anunciava e chamava; que mostrava e pedia; que era luminosa, mas comprometia.

Para os Magos foi uma chamada, e agora é uma chamada e uma mensagem para nós também.

Do alto do céu do presépio, Deus parece dizer-nos: “Por acaso você pensa que não tem estrela? Acha que Eu não conto com você nos meus planos?”

Cada um de nós tem a sua estrela. Como é importante vê-la, porque só então se enxerga o sentido da vida. A estrela é a minha vocação, e a sua luz esclarece a missão que eu devo cumprir, a que Deus me confiou e espera que eu não falhe.

Se não sabemos qual é a nossa estrela, tudo não passa de um amontoado de cacos embaralhados.

O caminho dos Reis Magos foi longo e áspero. Passaram por desertos sem uma gota de água, mas perseveraram até o fim. Sabiam bem qual era o rumo da estrela. Não quiseram vacilar. Não traíram a estrela! Não a traíram!

E o pior ainda estava por vir: na capital dos judeus, perguntaram pelo recém-nascido Rei dos judeus, e ficaram perplexos porque ninguém sabia de nada. Nem os sacerdotes, nem o rei Herodes, nem o povo.

Os judeus, o povo eleito, não sabiam sobre seu Rei. Não compreendiam os ideais dos três peregrinos, olhavam a comitiva como um bando de fanáticos.

Eles, porém, não desistiram!

Os Magos, firmes na sua fidelidade, só se preocuparam de indagar dos sábios de Jerusalém qual era o lugar do nascimento do Messias anunciado pelas profecias; e, quando souberam que era a cidade de Belém, para lá se encaminharam em seguida, com a mesma determinação com que tinham saído de casa e enfrentado os perigos do caminho.

Oração Final



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