A adoração dos Magos
(Mateus 2, 9b-12)

Vamos continuar a olhar para os Magos. Só que hoje os contemplaremos – ou os imaginaremos – na cena da adoração, que o Evangelho descreve assim:

“Entrando na casa, acharam o Menino com Maria, sua Mãe. Prostrando-se diante d’Ele, O adoraram” (Mt 2, 11a).

“Adorar” é uma palavra cheia de conteúdo. Significa, em primeiro lugar, reconhecer a Deus e dizer-Lhe: “Tu és o meu Deus e o meu Senhor!” Depois, significa admirar com alegria a imensa grandeza, beleza e bondade de Deus. Em terceiro lugar, significa inclinar-se diante d’Ele com respeito e com obediência de filhos. E, ainda, em quarto lugar, significa fazer da vida um contínuo ato de agradecimento ao Senhor.

Conta também o Evangelho que os Magos, como ato de reconhecimento e de louvor a Jesus, depois de prostrar-se diante d’Ele em adoração, “abriram os seus tesouros, e ofereceram-Lhe como presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt 2, 11b). Cada presente tinha um significado.

Ao colocarem o ouro aos pés de Jesus, era como se dissessem: “Todo o ouro do mundo, ao lado do meu Deus, de Jesus Menino, é pó. Todas as coisas materiais, se não nos levam a Jesus, se não as usamos de acordo com o espírito de Cristo, para louvar e servir a Deus e amar os outros, são lixo, são lama em que nos atolamos”.

O incenso que se queima e desaparece, enquanto se eleva em nuvens perfumadas, é como um símbolo de adoração. Quando, na Igreja, se oferece incenso a Deus, é como se todos nós disséssemos: “Não há vida mais bela, não há coração mais belo, do que aquele que se queima – que queima a borra do egoísmo – e se transforma em perfume oferecido a Deus”.

Já a mirra sempre foi muito valiosa, mas muito amarga. A Jesus, quando estava no Calvário, ofereceram-Lhe uma bebida com mistura de mirra, e a usaram também para embalsamar o seu Corpo. Por isso a mirra sempre foi vista como um anúncio da Paixão.

Talvez esse presente significasse, numa antevisão, o agradecimento a Jesus pela infinita manifestação de amor que foi a sua Morte na Cruz por nós.

Talvez significasse também que o mistério da Cruz não pode estar ausente da vida do cristão, ou seja, que devemos aprender a ofertar a Jesus as nossas dores aceitando a vontade de Deus – e os nossos sacrifícios voluntários.

Devido aos presentes dos Reis, o Natal também se torna tempo de dádivas. Que bom seria se pensássemos, primeiro, nos presentes que vamos oferecer a Jesus Menino.

Muitos oferecem, nestes dias, orações especiais, sacrifícios um pouco mais custosos e, com muito carinho, atos de serviço para aliviar e alegrar pessoas carentes, desempregados, crianças, velhos, doentes, lembrando-se de que Jesus dizia: “Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, é a Mim que o fizestes” (Mt 25, 40).

Não seria hoje um bom momento para fazer exame de consciência e perguntar-se: “Eu não poderia fazer mais alguma coisa pelos necessitados neste Natal?”

Por fim, os Magos, depois de adorar Jesus, voltaram para o seu país inundados de uma imensa alegria. Peçamos a Nossa Senhora e a São José que a adoração de Jesus, neste Natal, também nos deixe impregnados dessa imensa alegria.

Oração Final



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